
O amargo sempre aparece sem precedentes,
Recorre a banheiros e esquinas escuras,
Como sentinela pós-guerra, espreita o inimigo,
Fomos seguidos, também somos seguidores,
Em um paradoxo eterno, 15 eternos minutos,
Tudo tem ar de perigo, até meu pé é possível,
As luzes do relógio são de outro mundo,
Minha mão dorme sem meu consentimento,
Meus pés são irracionais, dançam e voam absurdos,
Meu cabelo, molhado, seco, sujo e suado,
Sou atraente, mas, me finjo de mudo,
Lugar igual a bar é só agir surdo,
Ser inodoro é fácil, difícil é ser cego,
Além do mais, faço tudo o quero e sem peso,
Apenas me esforço pelo meu ego,
Possível vagabundo, mendigo moribundo,
Sem amor, sem pastor, sem d.C. sem tudo,
Pratico vida, meu hobby é sofrer,
De tanto cair sou calejado, os dedos antes de tudo,
Impaciente olhando o futuro, lá do alto da torre,
Com rimas de Gessinger, e Maltz no casulo,
Trancafiado com posse das chaves,
Com medo do erro, errando sem medo,
Assim sou, assim vou, hoje estou,
Estou afim de, como se fosse ontem, de ontem, de ontem, de ontem, de ontem... e assim por diontem...