quarta-feira, 8 de julho de 2009

ATMANAVICIUS


Em vestes de menina-moça, engana qualquer lobo mal
Vestida em saia rodada, não roda na mão ninguém
Com um belo rosto de porcelana, esconde ainda mais do que insinua, insana
Pois insinua isto, aquilo e um pouco mais de tudo, faz te querer nua
Mesmo o mais sedutor, mirado em teu olhar torna-se um tipo normal

Com cara fechada, assim continua, só abre a quem lhe convém
Teu semblante é como uma película de filme estrangeiro
Só se vê de madrugada, uma vez na vida e ainda assim não se assiste inteira
É como um livro de poucas paginas, sem capa ou contra capa
Dispensa explicações, faz apenas observações, pequenas, quase nada, nada
Mas de paginas intensas e suculentas, história que não perde a graça

Em um jogo sedutor o beijo é apenas um detalhe inicial
Assim quando as portas se abrem descobre-se um local hibrido
Meio céu, meio inferno, meio formal, meio animal, tudo é permitido
Na transpiração da sauna ou na refrescância de um banho, tudo é real
Dejavú do dejavú e dejavú nunca visto, impressão de já conhecê-la

É arte, é abstrata, é sulreal
É viagem que emana do mantra
É um vicio de carnaval

DEMÓSTENES
23/04/2009

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